Quando pensamos nos loucos anos 20, a associação às flappers e ao cabelo la garçonne é imediata. O que muitas vezes fica esquecido é a influência da arquitetura na adoção do estilo art déco na moda. Tal como os prédios nova-iorquinos, este design era definido pela geometria, simetria e simplicidade — sem parecer uma fantasia arquitetónica, devido à subtileza dos traços.
No vestuário, as linhas retas que compunham o estilo eram acompanhadas por uma elegância muito apurada. São estas características que podemos encontrar num dos mais recentes vestidos midi da Mango, que tem tanto de prático como de sensibilidade estética. Não opta pelos apontamentos futuristas que, por vezes, sobressaem no art déco, mas cada detalhe presta homenagem à famosa corrente.
O tecido fluido da peça remete para a liberdade da época, ao mesmo tempo que o efeito acetinado lhe confere um toque moderno. Tem um desenho evasé, com corte pelo joelho, e um efeito plissado na saia. Na cintura, surge um cinto meramente decorativo. Afinal, o estilo que surgiu nem França, e depois se popularizou nos Estados Unidos, sempre teve uma vertente decorativa.
No estampado, as linhas pretas carregadas conjugam-se com o branco, o laranja e o dourado. Ou seja, a cor do movimento por excelência. São criados vários blocos que criam assimetrias, que acabam por ser uma forma de quebrar com a previsibilidade da silhueta e explorar o potencial do padrão.
Se, em tempos, foi o designer Paul Poiret o maior representante da moda art déco, a verdade é que as marcas de fast fashion como a Mango não esquecem este legado. Nas passarelas, o nova-iorquino Marc Jacobs usa este estilo como mote em muitos dos seus desfiles. Exemplos mais recentes incluem as mais recentes coleções de Georges Hobeika, Lanvin e Chanel.
O vestido custa 49,99€ no site da Mango e os tamanhos vão do XXS ao XXL. No entanto, a proposta já começou a esgotar e o L e o XL já não estão disponíveis.