A gravidez implica várias mudanças no corpo da mulher, antes e depois do parto. A dificuldade em encontrar a melhor roupa para usar também advém da ideia de que a mãe é que tem de caber dentro da peça. Ao defender que são as roupas que precisam de se adaptar à mulher, a marca portuguesa Mamii tem vindo a revolucionar o vestuário nacional desde maio deste ano.
Na génese do projeto, está uma mãe que se deparou com este problema. No mercado, as opções de roupas para grávidas e recém-mamãs são pensadas para um uso mais caseiro, “como se a amamentação fosse uma coisa que só se faz de pijama”. Esta lacuna foi a motivação para que Filipa Galrão, locutora de rádio na Renascença, com 32 anos, lançasse o seu negócio.
Começou a questionar-se sobre a possibilidade de desenvolver uma peça de roupa em que não seja preciso descompor o look para amamentar. Com a ajuda da avó, que era costureira, criou os primeiros protótipos. Ao avançar com a ideia, a amiga Ana Ribeiro, de 26 anos e que trabalhava para uma marca de luxo, juntou-se ao projeto. Uma vez que mora em Santo Tirso, o coração da indústria têxtil em Portugal, centraram a produção no norte do País.
Mamii é associado a um nome carinhoso para “mãe” em diversas línguas, além da sua sonoridade significar “contigo” em crioulo. “Na génese é o que somos e cada vez mais queremos ser: um apoio para famílias, mulheres e mães”, conta Ana à NiT. “No centro do nosso projeto está a roupa para a gravidez e para a amamentação”.
São peças fluidas ou cintadas acima da barriga que, através de aberturas secretas, se tornam perfeitas para qualquer fase da vida. O design é feito por Ana e Filipa, passando depois por alterações inevitáveis devido ao mecanismo necessário para que as peças cumpram com a sua função.
“A nossa ideia é ter peças com elasticidade que acompanhem a mãe desde a gravidez, mas naturalmente durante a amamentação”, explica. “Recebemos pedidos de pessoas que gostam e não estão a amamentar. Claro que podem. O mecanismo ou está escondido ou usam-se fechos invisíveis”.
Durante a gravidez, surge outra dúvida. Muitas mulheres questionam se vale a pena comprar uma peça que não vão voltar a usar terminada esta fase. No entanto, as peças da Mamii podem ser usadas sempre. Além disso, são direcionadas para todas as mulheres por serem super versáteis.
“Sabemos que as peças mais largas são as que nos fazem sentir mais confortáveis. Mas estamos numa fase muito sensível na vida da mulher e, além de nos querermos sentir confortáveis, queremos sentir-nos bonitas”, explica Ana. Por isso, podem ser usadas em festas, como casamentos e batizados, apesar de não seguirem tamanhos standard como o S ou o L.
A grande diferença da marca para outras etiquetas está no apoio e no acompanhamento que fazem às mães. Como têm produção própria, podem atender às especificidades do corpo de cada cliente, sobretudo quando as medidas na parte superior e na parte inferior do corpo são diferentes.
Para celebrar a semana mundial da amamentação, entre 1 e 8 de agosto, lançaram uma novidade. A aba Mamii Green, um espaço dentro do site que apela a uma economia mais sustentável através da venda de peças devolvidas ou usadas para sessões fotográficas, com uma medida inferior aos 30 centímetros da abertura. Nestes casos, os preços são mais acessíveis.
O site foi lançado, juntamente com a coleção Sonhar, em maio de 2022. É neste espaço digital que pode conhecer e comprar as várias peças que a Mamii vende.
Veja na galeria para conhecer as propostas que fazem parte do catálogo da marca.