Falar em tendências no vestuário, por norma, implica falar de um ciclo de produção acelerado. Os estilos mudam sazonalmente, as peças são descartadas e a pegada ambiental continua a aumentar. Porém, isso não acontece na Slow Vanity. A nova marca nacional de roupa feminina assume a vaidade consciente como principal premissa.
O projeto foi edificado por Ana Catarina Rocha, que aos 32 anos decidiu tornar-se empreendedora. Contando com uma vasta experiência em design em diversas áreas da moda, a criadora decidiu colocar em prática a sua experiência profissional e os seus valores. O seu modus operandi tem sido, desde o seu início, no final de 2021, a criação de uma moda consciente.
A confeção das peças é feita à mão por costureiras espalhadas por ateliers ao longo do litoral alentejano, com quem a fundadora estabeleceu “uma relação de inclusão”. “[As costureiras] são Slow Vanity. A marca é composta pela designer e fundadora, pela modista, pelas costureiras, pelo vídeografo e editor de vídeo, pela fotógrafa, pela maquilhadora e por dois profissionais de estamparia. O trabalho e os valores de todos são a ‘vaidade lenta’”, explica a designer.
Baseada na premissa do desperdício zero e recorrendo ao uso dos excedentes de produção, Ana Catarina leva adiante a missão de oferecer às suas clientes uma moda que segue e atualiza as tendências. A oferta da Slow Vanity passa por modelos chave que vão fazer parte do dia a dia de qualquer mulher. “Nós seguimo-nos por linhas retas, brincamos com as assimetrias e com os cortes das peças, fazendo da própria modelagem um puzzle”, conta. “Têm cortes minimalistas, divertidos e que atendem às próprias tendências.”
A Slow Vanity usa como musa a imagem de uma mulher empoderada e consciente, capaz de passar “uma mensagem de força, motivação e presença”. São essas figuras femininas que, segundo a fundadora, se vão sentir bem com as peças da insígnia. Não por estarem a contribuir para os reduzir os malefícios da indústria têxtil, mas pelo valor de cada produto: “[Quero que] se sintam únicas e exclusivas, uma vez que as nossas peças são limitadas aos tecidos existentes. Quando estes acabam, é impossível replicar as peças. E quero que as clientes sintam que têm escolha e opção de vestir moda sustentável mantendo-se por dentro das tendências”.
Um outro fator importante para a marca é a aposta na durabilidade das peças. Cada uma tem um QR Code estampado para que as clientes possam aceder a um manual de limpeza da mesma e não sintam dificuldades em manter a peça num estado primoroso. Tudo para que façam parte do guarda-roupa das clientes durante muito tempo.
“O principal objetivo da Slow Vanity para o futuro é fazer-se ouvir e chegar ao máximo de mulheres, para que esta nova metodologia de consumir moda passe a ser a mais usual”, conclui a fundadora. “Uma abordagem em prol do ambiente sem descurar o lado divertido, sem esquecer quão importante é vestirmo-nos de forma a mostrar a nossa identidade visual”.
Veja na galeria para conhecer algumas das peças vendidas pela marca no seu site e os seus respetivos valores, que oscilam entre os 69€ e os 129€.