Enquanto assistimos ao regresso de várias técnicas de costura artesanais que se foram perdendo – como o crochet, o macramé e os bordados – o valor humano e a riqueza cultural da produção de moda continuam a aumentar. A cada ornamento, a agulha e a linha contam histórias e enfeitam os nossos coordenados com vivências.
Não é de admirar, portanto, que a longa tradição do bordado esteja a dominar o catálogo das lojas de fast fashion. Numa proposta que transmite a familiaridade que a arte de bordar possui, a Zara apresenta um vestido que se destaca imediatamente das propostas habituais. Usá-lo é embarcar numa viagem até aos dias da infância e às tardes passadas com as avós.
O vestido curto tem um padrão que remete para a cultura popular, com uma iconografia que privilegia a efabulação em detrimento da modernidade. É nesta especificidade que reside a magia da criação da marca do grupo Inditex. O tecido de linho e as mangas bufantes contribuem para o estilo rústico, com um decote em bico a aprimorar a silhueta.
A cor, num amarelo discreto com recurso a símbolos florais, é a opção ideal para a chegada da primavera. Essa primavera não precisa, porém, de ser aquela que se conhece em Portugal. Aqui nota-se uma aposta na culturalidade que se observa na América-Latina, em que as tradições de vestuário são, muitas vezes, uma celebração. Uma proposta que celebra o regresso a dias quentes e felizes.
São as memórias movem o ser humano e, também por isso, usar roupas que nos fazem recordar e sonhar é algo que nos aquece os coração. Nem todas conseguem alcançar esse objetivo, mas por vezes surgem surpresas, como esta proposta.
Este vestido custa 49,95€ e está disponível no site da Zara. Atualmente, está a ser vendido entre os tamanhos XS e M, mas a loja vai acrescentar o L e o XL em breve.