A sustentabilidade é um dos pilares da The Flying Dutchman e é por isso que as camisas desta marca portuguesa têm sempre padrões exclusivos e de produção limitada. Os tecidos são resgatados pelos fundadores, António e Tiago, de excedentes da indústria têxtil.
“Adoramos esta solução, pois é o compromisso perfeito: obtemos a nossa matéria prima sem poluir mais o ambiente, os aterros sanitários não ficam tão lotados e os nossos clientes compram uma camisa exclusiva, feita à mão em Bali”, explica à NiT Tiago Ferreira da Silva, de 29 anos.
Durante uma viagem que fez à Indonésia para visitar António Campos, de 30 anos, desafiou o amigo para embarcarem numa missão de loja em loja, à procura da camisa perfeita. Ambos defendiam a mesma ideia: o corte da peça é o fator mais importante. No fundo, procuravam um molde vintage, com um colarinho aberto inspirado nos anos 70 mas que tivesse um “toque moderno”.
Em julho de 2020, depois de vários meses de pesquisa e planeamento, criaram a sua própria marca de camisas. Apesar das adversidades da pandemia, lançaram no mercado português a The Flying Dutchman, um projeto focado na confeção e venda de camisas cheias de padrões coloridos, feitas em Bali com tecidos naturais.
O sucesso foi imediato. As camisas de mangas curtas, leves, com o seu corte característico e tecidos originais, voaram da loja online nos verões de 2020 e 2021. Agora, os amigos propõem, pela primeira vez, uma coleção de outono.
“Durante as duas primeiras coleções de verão, verificámos que havia uma grande procura por camisas do mesmo género, mas de manga comprida”, conta Tiago e atira: “Então, pusemos mãos à obra.” Por usarem um material macio e fresco, focaram-se na estação do outono.
As camisas são feitas com raiom, uma matéria-prima derivada de polpa de madeira e outros vegetais. É o tecido favorito da dupla, porque pode ser facilmente tingido, com a capacidade de ganhar cores fortes que outros materiais não têm. Além disso, usam botões de coco biodegradáveis, ecológicos e que, acrescentam, “combinam lindamente” com os modelos.
Até ao final do ano, contam, vêm mais novidades: “Vamos manter-nos como uma marca monoproduto, por enquanto, porque não queremos confundir a nossa audiência. Mas vamos inovar no que diz respeito aos materiais e ao design das peças. Podemos dizer que vamos usar flanelas e bombazines. O resto deixamos à imaginação”, continua o cofundador.
António estudou Turismo e Gestão de Empresas Turísticas na Universidade Lusófona do Porto. Já Tiago estudou Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. “Quando deixei de trabalhar como engenheiro técnico para fundar a EDIS Fashion [uma startup de moda que funciona como um marketplace para roupa feita à medida] lidei com imensas marcas, designers e profissionais da moda.”
E acrescenta: “Aprendi imenso sobre confeção de roupa e fiquei sempre com uma vontade de ter a minha própria marca. Sabia exatamente o que fazer. No entanto, estava na altura ocupado a desenvolver a plataforma e não tinha tempo para me dedicar a esse projeto”, recorda Tiago.
Em março de 2020, saiu da EDIS Fashion. Depois de ser imposto o confinamento, os projetos de turismo de António também abrandaram e os dois ficaram com o tempo livre de que precisavam para criar a The Flying Dutchman.
Quando lançaram a marca, estavam focados no público masculino, mas rapidamente perceberam que a maioria dos clientes eram mulheres. Foi nessa altura que resolveram introduzir modelos femininas nas suas campanhas publicitárias.
A nova coleção está disponível no site oficial e na conta de Instagram e as camisas estão todas à venda com preços entre 49€ e 54€. Para a The Black Friday, a The Flying Dutchman tem uma campanha de dois por um nas propostas antigas: para a aproveitar, basta visitar o separador na loja online.
Veja na galeria para conhecer as novas propostas da marca.