Se há lugar arqueológico no mundo que dispensa apresentação é a Necrópole de Gizé, mais conhecida mundialmente pelo nome de Grandes Pirâmides do Egito ou Pirâmides de Gizé. Ou não fossem elas a única das 7 Maravilhas do Mundo Antigo que sobreviveu ao teste do tempo.
Visto estarem situadas a cerca de 25km do centro do Cairo, visitar a capital do Egito e não ir conhecer o símbolo maior desta civilização ancestral, é quase pecado, e, como tal, pode ser o suficiente para nos cair em cima uma maldição dos faraós.
Não quisemos testar a sorte e, assim sendo, não nos deixamos intimidar pela aparente balburdia do trânsito do Cairo e rumamos até ao planalto de Gizé, para visitar as Pirâmides de Gizé.
Pessoas, carros, burros, cavalos e camelos atropelam-se nas poeirentas ruas que nos haveriam de levar ao nosso destino do dia. Um verdadeiro exemplo de caos organizado, embalado por uma música inaudível, sobre a batuta de um maestro invisível.
Demorou cerca de duas horas para percorrer as modestas duas dezenas de quilómetros, mas o esforço mais do compensou.
É que, apesar de já termos visto centenas, senão mesmo milhares de fotografias, das Grandes Pirâmides do Egito, foi impossível não nos deixarmos maravilhar com a grandiosidade do complexo, que alberga a Grande Pirâmide (também conhecida como a Pirâmide de Quéops ou Khufu), a Pirâmide de Quéfren, a Pirâmide de Miquerinos e a Esfinge.
Imaginar como é que se conseguiu levar a cabo uma obra destas há mais de 2500 anos atrás exige alguma imaginação. Estimam-se que demorou mais de 50 anos a construir e que foram utilizados mais de 2 milhões de blocos de pedra no processo que envolveu algo como 30 mil trabalhadores. Números verdadeiramente impressionantes mas que, ainda assim, não nos revelam o esforço colossal que exigiu a construção destas tumbas reais, a última morada de muitos faraós egípcios.
Explorar, e contemplar as Pirâmides de Gizé, que faz parte do nosso imaginário ocidental desde crianças, é algo de verdadeiramente mágico e que recomendamos a todos, sem qualquer tipo de reservas. Foi um dia de descoberta, digno do Indiana Jones!