No início dos anos 90 Marc Jacobs foi demitido da Perry Ellis, marca onde era diretor criativo, por causa da coleção de Verão 1993 que ficou conhecida como Grunge collection, inspirada na cena musical surgida em Seattle e que pouco tempo depois tomaria a cultura pop de assalto.
A imprensa, no entanto, considerou o desfile um desastre, ignorando que ele espelhava um movimento jovem que estava a surgir.
Depois disso, 20 anos mais tarde, Marc Jacobs relança essa coleção icónica e histórica através da sua própria marca. Perceba como tudo aconteceu, ontem e hoje.
Era 1992, Marc Jacobs era um jovem talento vindo de uma coleção bem sucedida que o encheu de auto confiança para seguir seus instintos.
As ideias vinham de todos os lugare e, assim apontavam para uma mesma direção.
A coleção grunge abordava uma estética relax, com cara de loja de segunda mão, já adotada pelos Seattle, por exemplo.
Vestidos traziam mix de estampados que não combinavam e eram usados com tênis Converse ou Birkenstocks; camisas, xadrez e flanelas, estampas de cartoon, gorros, sobreposições e uma atitude desleixada, com cara de alternativa e anti luxo.
As estampas de frutas vieram de papeis de parede vintage e o clash de estampas criavam um barulho visual.
Ainda que as pessoas não tenham capacidade para compreender o presente, os verdadeiros valores vêm sempre à tona.
Jacobs saiu da Perry Ellis e, como resultato, começou a trabalhar em sua marca própria.
A estética grunge virou mainstream, aliás pela influência de bandas como Nirvana, Pearl Jam… mas também da MTV.
Assim, três anos depois, ele foi contratado como diretor criativo da Louis Vuitton e o resto é história.
Na Vuitton, Marc continuou a inovar, trazendo posteriormente artistas de galeria e de rua para colaborações subvertendo o monograma da marca.
O último desfile de Jacobs para a Perry Ellis é assim um dos mais relevantes e também o preferido do estilista.